A ex-miss que ganhou na loteria
A ex-miss do Canadá, Rachel Lapierre, ganha na loteria um prêmio vitalício, isso mesmo, que vale pra vida toda e com esse prêmio ela tomou uma atitude incrível, veja abaixo o que ela fez.
O Sonho da Ex-miss

Rachel Lapierre
Rachel Lapierre é uma modelo canadense, dona de agência de modelos e enfermeira que tinha o sonho de seguir os passos de seu ídolo, a Madre Teresa de Calcutá, ela queria se dedicar inteiramente ao trabalho voluntário.
O Prêmio que Mudou a Vida de Rachel
Em 2013 ela conseguiu a oportunidade que muitos visam, a de ganhar na loteria.
Ganhadora do prêmio “Gagnant à vie”, ou “vencedor para vida” traduzido, de Montreal, ela receberá o prêmio vitalício de mil dólares por semana durante um ano por um ano, o que daria equivalente a R$11 mil por mês.
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“Em um primeiro momento eu não acreditei, mas não comemorei nem gritei do terraço porque eu havia feito uma promessa ao universo e estava disposta a cumpri-la”, diz. “Eu queria fazer alguma coisa que eu amasse para o resto da vida. Queria ajudar os outros.”
Os Passos de Rachel Após Ganhar
Em dois meses Rachel saiu do seu emprego de enfermeira e lançou logo a sua organização de caridade, a La Book Humanitaire (O livro humanitário).
A instituição fica localizada em Saint-Jerome, a 60 km de Montreal, ela usa mídias sociais como Facebook, Youtube e alem do proprio site (le book humanitaire) para se conectar as pessoas que precisam de ajuda com aquelas que podem ajudá-las.

A ex-miss organizando seus projetos
Em sua página no Facebook, que já possui mais de 21 mil seguidores, as pessoas menos favorecidas mostram suas realidades e necessidades e quem deseja ajudar se pronuncia e mostra o que pode doar ou que serviço pode prestar.
“Vamos dizer que você tenha roupas para doar. A gente coloca você em contato com a família que precisa dessas roupas e deixamos que você dê a eles você mesmo”, explica Rachel. “Não é apenas sobre coisas materiais. Você pode acabar levando um paciente com câncer a uma consulta.”
Rachel no Mundo das Modelos
Em sua antiga carreira Raquel vivia em glamour, no mundo das modelos.
No início dos anos 80, ela entrou para uma agência de modelos onde foi estimulada a disputar o concurso de beleza Miss Quebec e para sua surpresa, com apenas 21 anos, ela foi a vencedora do concurso.
“Eu achava que ser modelo era para loiras altas de olhos azuis e eu era baixa e morena…Mas eu fiquei tão feliz de ter entrado para esse mundo, foi uma ótima experiência.”
No ano seguinte ela conseguiu viajar pelo Canadá como Miss Quebec e até conseguiu conhecer o primeiro-ministro da província de Quebec na época, Rene Levesque.

Rachel Lapierre depois de ganhar o concurso
Do Mundo da Fama Para o Mundo dos Negócios
Após passar pela fama ela se inspirou para criar a sua própria escola de modelos 1984.
Dois anos após ser coroada Miss Quebec, ela empregou 10 pessoas para ensinar jovens mulheres a construir suas carreiras na indústria.
“Tocar o meu próprio negócios me ensinou sobre contabilidade e como gerenciar funcionários”, diz Rachel.
Outra Grande Mudança na Vida de Rachel
Ela encerrou seu negócio no fim dos anos 1980 para se dedicar aos quatro filhos e ao trabalho voluntário.
Ela fez várias viagens com organizações humanitárias, para lugares como a Índia e o Haiti.
No ano de 2017, a organização promoveu mais de 15 mil ações diretas no Quebec, de mobiliar um apartamento para uma família de refugiados sírios a achar uma casa para uma sem-teto com dois recém-nascidos.

Rachel ao lado do logo da sua organização
Rachel fundou sozinha a sua organização, que hoje já conta com 10 voluntários em período integral e um conselho, investindo 70 mil dólares canadenses.
O Prêmio Ainda Não é Suficiente
“Esse dinheiro semanal de 1 mil dólares canadenses (cerca de R$ 2560 na época) que ganhei da loteria me permitiu não ter que ir mais trabalhar e financiar minha organização”, conta Rachel.
“Pago o aluguel do escritório e outros custos administrativos.” Mesmo com esse ganho ainda têm limitações no orçamento.
Após ela ter dado uma entrevista para uma emissora canadense, o número de seguidores da Le Book Humanitaire foi de 4 mil para 22 mil seguidores.
Com isso, também aumentaram as solicitações de ajuda, assim como a de doações, e a organização sofreu para se manter.
Era necessário ter um espaço maior para poder guardar as doações que eram recebida, e Rachel não estava em condições de bancar isso sozinha.
“Estamos contando com alguns municípios para nos emprestarem escritórios e fazerem doações”, conta. “Sempre tem um jeito de fazer as coisas acontecerem.”
Alimento Para a Minha Alma
Jean-Pierre Tchang, fundador da entidade Iris, que ajuda pessoas com deficiência visual, diz que é difícil construir uma organização de caridade.
“O mais difícil é ter dinheiro e conseguir recursos” diz Tchang, que trabalhou com Rachel quando ela iniciou sua “carreira” no serviço voluntário.

Rachel em uma das suas ações
“Você também tem que saber seus limites. Você fica focado com o trabalho e acaba se esquecendo de si mesmo. Tenho certeza que as noites da Rachel são curtas.”
Por mais difícil que pareça, Rachel segue com sua força de vontade e não mostra indícios que irá parar ou diminuir seu ritmo.
Ela está até fazendo um workshop sobre como gerenciar organizações sem fins lucrativos para melhorar seu desempenho.
O trabalho, que não é igual ao de tocar um negócio tradicional, continua lhe dando muitas alegrias, diz. “Alimenta minha alma.”
E você, se ganhasse na loteria o que faria? Teria a mesma coragem de Rachel de se dedicar aos outros?